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quarta-feira, 23 de março de 2011

Texto Complementar - Terceiros anos - Deuzuíta - 2011

FILOSOFIA – REFLETINDO FILOSOFICAMENTE SOBRE A CIÊNCIA
A ciência tem um grande prestígio no mundo de hoje. As grandes empresas principalmente as grandes multinacionais têm o seu laboratório próprio para desenvolver as suas pesquisas.
No capitalismo de hoje a ciência já é reconhecida como um força de produção, como elemento importante da acumulação e ampliação do capital. Está na base de toda esta tecnologia avançada do nosso mundo de hoje.
Por isso, a filosofia que não tem um objeto próprio, ou seja, tudo pode ser objeto da filosofia, mas que tem um modo de analisar, de investigar específico, não poderia deixar de lançar as suas perguntas sobre a ciência, sobre o conhecimento científico. O que é? Como é? Por que é?
MAS QUAL A IDÉIA QUE TEMOS DO CIENTISTA?
É aquele que, justamente, tem o conhecimento científico que lhe permite revelar a verdade sobre as coisas e por isso pode falar com autoridade e a nós compete aceitar e casualmente obedecer aos seus conselhos.
O cientista chega a se tornar um mito na nossa época. Todos estão atentos às palavras dos cientistas em todos os campos do saber: ouve-se o psicólogo, ouve-se o pedagogo, ouve-se o físico, ouve-se o químico, etc.
Acreditamos que o cientista chega à verdade graças a procedimentos rigorosos que inclui entre outras coisas o método, a observação dos fatos, a experiência.
Oras, tudo isto cai no âmbito do pensar filosófico.
Não é de competência dos cientistas saber o que é a ciência, o que distingue este conhecimento dos outros, o que é o método, o que é a verdade, qual a relação entre os fatos e o sujeito que conhece, o que é a chamada objetividade científica, porque o cientista é um mito. Estes podem até dedicar-se a esta reflexão mas a partir deste momento estão agindo como filósofos e não como cientistas.
VAMOS DAR ALGUNS EXEMPLOS DE QUESTIONAMENTOS FILOSÓFICOS NO ÂMBITO DA CIÊNCIA:
• Quanto á objetividade científica: existe realmente a chamada objetividade científica? Qual a relação entre o sujeito que conhece e o objeto a conhecer?
• Quanto á observação dos fatos: observo passivamente os fatos ou os vejo de acordo com os meus projetos? Será que não vejo as coisas de na medida em que elas corresponderem a determinado interesse? Os fatos acontecem independentemente de mim ou eu de certa forma crio os fatos?
• Quanto aos fatos em si: será que toda teoria científica se apoia em fatos? Se assim é por que há teorias diferentes no campo científico sobre uma mesma realidade? Os fatos falam por si? Será que é verdade que contra fatos não há argumento?
• Existe a neutralidade no conhecimento científico ou ele está marcado por relações políticas? Quais os interesses políticos que perpassam pelo conhecimento científico?
• Quanto ao fato de o cientista ter virado um mito na nossa época: Isto não é perigoso? Rubem Alves, consciente deste perigo, afirma: "Se existe uma classe especializada em pensar de maneira correta (os cientistas), os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientistas mandam."(Op. Cit. Pág. 11)
Estes questionamentos filosóficos nos revelam o quanto é importante a reflexão filosófica sobre a ciência pois ela nos ajuda a lutar contra o dogmatismo. E nós sabemos, a aceitação do dogmatismo na história da humanidade sempre colaborou para as guerras, para o ódio entre os homens, para reforçar ideologias perniciosas para a humanidade como o nazismo.
Mas, se há o perigo do dogmatismo por parte da ciência, a reflexão filosófica sobre ela nos ajuda a entender o seu papel positivo no progresso da humanidade.
A ciência nos revela que o homem pode entender e usar racionalmente (isto é, sem destruir) a natureza que o rodeia com o objetivo de maior liberdade humana e maior justiça social.
A ciência revela o homem como criador.
No caso do nosso país. Um maior investimento em pesquisa científica direcionada pelas nossas carências, seria extremamente positivo possibilitando uma elevação do seu desenvolvimento.
Infelizmente isto não acontece. Mais do que nunca estamos subordinados aos resultados da ciência que vem de fora. Esta subordinação está mesclada com a crença na superioridade intelectual dos cientistas estrangeiros. Achamos que eles são melhores do que nós.
Oras, a reflexão que propomos fazer quer revelar que todos nós, inclusive nós brasileiros, podemos ser cientistas capazes. Capazes de descobrir, de desenvolver pesquisas de acordo com a nossa realidade, que façam o Brasil sair rapidamente desta situação de carência social e econômica.
1. O senso comum e o conhecimento científico
Para sabermos o que é ciência, o que é conhecimento científico, precisamos distingui-los do chamado senso comum.
Iniciamos com as perguntas abaixo:
• Como duvidar que o sol seja menor do que a Terra se, todo dia, vemos um pequeno círculo de cor vermelha percorrendo o céu?
• Como duvidar que a terra seja imóvel se diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se pôr?
• Cada espécie de animal não surgiu tal como o conhecemos? Como imaginar um peixe tornar-se réptil ou um pássaro? A Bíblia não nos ensina que Deus criou em um único dia todos os animais?
Certezas como esta estão presentes na nossa vida e expressam o que nós chamamos de "senso comum".
Porém a astronomia nos revela que o sol é muitas vezes maior do que a Terra e que é a Terra que se move em torno dele.
Já a biologia nos ensina que as espécies de animais se formaram a partir de modificações de microorganismos extremamente simples e isto ao longo de milhões de anos.
Você, com certeza, já deve ter ouvido alguém dizer: "Dize-me com que andas que eu te direi quem és"; ou: "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando".
Esses dois exemplos nos mostram com o senso comum se manifesta através dos ditos populares, das crenças do povo. É um verdadeiro receituário para o homem resolver os seus problemas da vida diária.
É um saber não-sistematizado mas muito útil para guiar o homem na sua vida cotidiana.
É obtido geralmente pelas observações realizadas pelos sentidos. A bela letra desta música abaixo, de Ivan Lins e Vitor Martins, deixa isto claro :
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo foi concebido

Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo me deu certeza

Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah! Eu usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo...

(Ivan Lins e Vitor Martins. In: Lins, Ivan. Daquilo que eu sei. Rio de Janeiro: Polygram/Philips,1981)
Há, pois, uma grande diferença entre nossas certezas cotidianas e o conhecimento científico.
Diríamos que o senso comum não se caracteriza pela investigação, pelo questionamento, ao contrário da ciência. Fica no imediato das coisas, caracteriza-se pela subjetividade. É ditado pelas circunstâncias. É subjetivo, isto é, permeado pelas opiniões, emoções e valores de quem o produz: "Quem ama o fio, bonito lhe parece" e "Nossa amiga que rouba é cleptomaníaca; o trombadinha é ladrão e marginal!"
JÁ O CONHECIMENTO CIENTÍFICO:
• desconfia de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica.
• Onde o senso comum vê muitas vezes fatos e acontecimentos, o conhecimento científico vê problemas e obstáculos.
• Ele busca leis gerais para os fenômenos Ex.: a queda dos corpos é explicada pela lei da gravidade. Não acredita em milagres mas acredita na regularidade, constância, freqüência dos fenômenos.
• É generalizador, pois reúne individualidades sob as mesmas leis, sob as mesmas medidas. Ex.: a química nos revela que a enorme variedade de corpos se reduz a um número limitado de corpos simples que se combinam de modos variados.
• Aspira à objetividade enquanto o senso comum se caracteriza pela subjetividade.
• Dispõe de uma linguagem rigorosa cujos conceitos são definidos de modo a evitar qualquer ambigüidade.
• É quantitativo: busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes. Por isto, a matemática se constitui em instrumento importante de várias ciências.
• Tem método rigoroso para a observação , experimentação e verificação dos fatos.
• Diferentemente do Senso Comum que muitas vezes é marcado pelo sentimento, o conhecimento científico se pretende racional.
Mas apesar destas diferenças é uma verdade que no senso comum há elementos do conhecimento científico.
Vamos dar alguns exemplos:
1. Você está guiando um automóvel e de repente ele para.
Não há possibilidade de chamar o mecânico ou outra pessoa para lhe ajudar. O que você fará?
• Descreva o seu raciocínio em uma folha de papel.
2. Evans-Pritchard, um antropólogo, estudou profundamente a crença de um grupo africano na feitiçaria. Assim ele descreve uma situação do cotidiano deste grupo:
"A princípio achei estranho viver entre os Azande e ouvir suas ingênuas explicações de infortúnios que, para nós, têm causas evidentes. Depois de certo tempo aprendi a lógica do seu pensamento e passei a aplicar noções de feitiçaria de forma tão espontânea quanto eles mesmos, nas situações em que o conceito era relevante. Um menino bateu o pé num pequeno toco de madeira que estava no seu caminho – coisa que acontece freqüentemente na África – e a ferida doía e incomodava. O corte era no dedão e era impossível mantê-lo limpo. Inflamou. Ele afirmou que bateu o dedo no toco por causa da feitiçaria. Como era meu hábito argumentar com os Azande e criticar suas declarações, foi o que fiz. Disse ao garoto que ele batera o pé no toco de madeira porque ele havia sido descuidado, e que o toco não havia sido colocado no caminho por feitiçaria, pois ele ali crescera naturalmente. Ele concordou que a feitiçaria não era responsável pelo fato de o toco estar no seu caminho, mas acrescentou que ele tinha os seus olhos bem abertos para evitar tocos – como, na verdade, os Azande fazem cuidadosamente – e que se ele não tivesse sido enfeitiçado ele teria visto o toco. Como argumento final para comprovar o seu ponto de vista ele acrescentou que cortes não demoram dias e dias para cicatrizar, mas que, ao contrário, cicatrizam rapidamente, pois esta é a natureza dos cortes. Por que, então, sua ferida havia inflamado e permanecido aberta, se não houvesse feitiçaria atrás dela?" (E. Evans Pritchard. Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande. P. 64-67 – citado por Alves, Rubem. In: Filosofia da Ciência – Introdução ao Jogo e suas Regras, pág. 17)
• Qual a sua avaliação sobre este relato?
3. Coloco à sua frente várias peças de um quebra-cabeças, vamos supor que sejam mais de 1000 peças. Você terá que armá-lo. Não lhe é dado o modelo.
• Como você realizaria esta tarefa?

Ética deontológica e Ética teleológica

A ÉTICA DEONTOLÓGICA, defendida por Kant, valoriza a intenção da acção, de acordo com o dever, independentemente das consequências.

Deontologia significa “teoria do dever” ou “estudo do que convém”, em termos de acção. Agir por dever e em função de uma boa intenção são os princípios que determinam a boa acção. Agir bem implica uma boa intenção e uma boa vontade. O que é que isto quer dizer? A acção é boa se a intenção (razão ou motivo) for boa e se ela for pensada como boa vontade, ou seja, se for universal. Será universal se o que decidirmos for bom para nós próprios e para os outros (todos). Se não for uma acção egoísta ou só pensada em função de mim próprio terá uma dimensão ética, de maneira que, como diz KANT: “age de tal maneira que uses a humanidade tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro sempre como um fim e nunca simplesmente como um meio”. Por outras palavras, devemos tratar os outros como nos tratamos a nós próprios; assim se compreende a dimensão universal dos nossos actos, defendida por KANT. Por isso se diz que a ética de KANT é uma Ética Formal: não indica normas concretas de conduta, mas dá indicações gerais de como devemos agir com os outros. Não diz como em concreto devemos fazer para tratar os outros como “fins em si”, do tipo, como fazer para a velhinha passar a estrada, mas, em geral, sugere posturas universais aplicáveis a todas as situações (devemos tratar os outros como pessoas que têm valor por si próprias e que nunca devemos usar para nosso benefício).



A ÉTICA TELEOLÓGICA, defendida por autores com ARISTÓTELES é uma Ética consequencialista. Isto significa que a boa acção se deve medir pelas consequências. Ou seja, o fim da acção é o que determina todo o agir. E o fim último e mais importante é a felicidade. Todos os homens se devem reger por esta finalidade.

Teleologia significa o “estudo do fim”; aliás, “teleos” significa fim, o fim da acção. Em concreto, numa acção concreta, o mais importante não é saber se a intenção é boa, mas sim se teve boas consequências. Por isso se diz que é uma Ética do Concreto, que diria com se deve atingir a felicidade e com se deveria ajudar a velhinha a passar a estrada.

Para ARISTÓTELES, o ser humano deve procurar o fim adequado à sua natureza (Humana) e esse fim é a virtude e a felicidade. Nos actos humanos devemos procurar agir em equilíbrio de maneira a não prejudicar os outros. Um acto virtuoso é um acto equilibrado que não peca por defeito nem por excesso. Assim, a coragem excessiva pode levar à morte e a cobardia pode resultar da mesma forma; neste caso a ponderação da acção com vista ao fim que se deseja é a melhor das acções, sendo o meio-termo a melhor solução. Em Ética e segundo este autor, no meio é que está a virtude.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Texto Complementar 2 - Para os alunos dos primeiros Anos - Escola Deuzuíta

E.E.E.M Professora Deuzuíta
Texto Complementar
Disciplina: Filosofia
Professor: Sérgio Ricardo

a) Leia o texto todo e procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta.
c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia o texto.
d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.

A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA
Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.
"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou."
Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos
que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”
Vamos Filosofar???
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala da superação que está na raiz da codição humana. Localize uma passagem que justifique essa verdade ou mentira e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Texto Complementar - Para os Alunos dos PRIMEIROS ANOS - 2011 ESCOLA DEUZUÍTA

E.E.E.M Professora Deuzuíta
Texto Complementar
Disciplina: Filosofia
Professor: Sérgio Ricardo

a) Leia o texto todo e procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta.
c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia o texto.
d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.
A Filosofia Grega

Os gregos deram contribuições importantíssimas à cultura ocidental, com a criação do teatro (comédia e tragédia), na Matemática, História, Medicina e Artes Plásticas. Todas estas realizações, porém, foram orientadas pela Filosofia.
A Filosofia, que significa amor à sabedoria, nasceu na Grécia Antiga. Alguns pensadores, a partir do século VI a.C., com esforço pessoal, intelectual e intuitivo chegaram a conclusões sobre a natureza humana e sobre o universo, que permanecem até hoje.
A filosofia surgiu no período Arcaico com a Escola de Mileto, da qual destacaram-se Tales, Anaxímenes e Anaximandro. Na concepção dessa escola, tudo na natureza descendia de um elemento básico (água, ar ou matéria).
Tales de Mileto e Pitágoras foram filósofos matemáticos, seus teoremas são utilizados até hoje.
No século V a.C., surgiram os sofistas, estes se dedicavam à crítica às tradições do Estado, à religião, aos privilégios, e eram defensores da democracia.
Esses pensadores tinham no homem o alvo de suas preocupações, recriminando os que simplesmente especulavam sobre o universo. Dizia Protágoras, "o homem é a medida de todas as coisas". Os sofistas não acreditavam em verdades absolutas, em sua opinião, havia visões diferentes sobre o mundo e as coisas.

A Escola Socrática
No final do século V a.C., filosofia e ciência começaram a se separar, e a filosofia passou a ocupar-se, principalmente, do homem e da ética humana. Surgiu a Escola Socrática, inspirada no pensamento de Sócrates.
Sócrates: educador, mais preocupado em conhecer o indivíduo do que os segredos do Universo. Criador da célebre frase: "só sei que nada sei".
Acreditava que o aprimoramento humano viria com a educação, baseada no uso crítico da razão.
Dizendo a verdade e tornando público o que pensava, foi acusado de corromper a juventude e renegar os deuses. Foi condenado a beber cicuta (veneno mortal).
Platão: discípulo de Sócrates, também se preocupou com a formação moral do indivíduo. Pregava que a moral individual deveria ser acompanhada de reforma na sociedade. Afirmava existir um mundo superior das idéias, que seria perfeito.
Escreveu várias obras, destacando-se a República, na qual explicava as regras para um Estado perfeito. Era contrário à democracia, pois, segundo ele, o homem comum era despreparado para o governo e incapaz de tomar decisões políticas inteligentes.
Aristóteles: principal discípulo de Platão, é considerado o filósofo grego que mais influenciou o Ocidente. Deixou trabalhos preciosos nas áreas da Física, Biologia, Astronomia e Política.
No plano social, Aristóteles defendia o escravismo, afirmando que alguns indivíduos nasceram para ser escravos e outros não.
Questões para aprofundar o texto:
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde à verdade dos fatos apresentados?
2 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
3 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
4 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.

terça-feira, 1 de março de 2011

A Importância da Mulher na Sociedade



Enfrentando diversas discriminações e adaptações em relação aos “afazeres puramente femininos”, como cuidar de casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. A mulher ainda é alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, quando necessário.

A mulher tem marcado as últimas décadas mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição. A fragilidade da mulher, ou melhor, a sensibilidade da mulher tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois, como é sabido, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um.

O avanço feminino frente à política e economia ainda mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los assim como os indivíduos do sexo masculino, o que evidencia o erro de descriminar e diminuir o sexo feminino privando-o a apenas poucas tarefas (domésticas).

A realidade do crescimento do espaço feminino tem sido percebida pela participação da mulher em diferentes áreas da sociedade que lhe conferem direitos sociais, políticos e econômicos, assim como os indivíduos do sexo oposto.

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Todos sabem que o preconceito é um marco presente na vida da humanidade e a mulher não ficou de fora, em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros modos de discriminação contra a mulher, estas se uniram para buscar maior respeito a seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida.

A discriminação era tão grande e séria que chegou ao ponto de operárias de uma fábrica têxtil serem queimadas vivas, presas à fábrica em que trabalhavam (em Nova Iorque) após uma manifestação onde reivindicavam melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens – estes chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função.

Porém, em 8 de março de 1910, aconteceu na Dinamarca uma conferência internacional feminina, onde se discutiram os assuntos de interesse das mulheres, além de decidirem que a data seria uma homenagem àquelas mortas carbonizadas.

No governo do presidente Getúlio Vargas as coisas no Brasil tomaram outro rumo. Com a reforma da constituição, acontecida em 1932, as mulheres brasileiras ganharam os mesmos direitos trabalhistas que os homens, além de conquistarem o direito ao voto e a cargos políticos do executivo e do legislativo.

Ainda em nosso país, há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais dos mesmos.

Mas a mulher não desiste de lutar pelo seu crescimento, o dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são discutidos assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade, trazendo sua importância para uma vida mais justa em todo o mundo.