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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Terceiros Anos - Noturno recuperação

E.E.E.M Professora Deuzuíta
Filosofar é Pensar a Realidade, em vista da sua transformação!

 
Disciplina: Filosofia
Professor: Sérgio Ricardo

a) Leia  o texto todo e procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta.
 b) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia  o texto.
 c) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.

 

Vale tudo por dinheiro


De tanto noticiarem crimes hediondos de latrocínio e seqüestros, nossos jornais parecem estar escritos com o sangue das vítimas e dão a impressão de que voltamos à mais absurda barbárie, se é que alguma vez estivemos livres dela. São assassinatos, latrocínios, seqüestros e tantos outros, diante dos quais a polícia se sente impotente, quando ela mesma não é conivente e até participante. E os protagonistas de tanta criminalidade pertencem a todas as classes sociais, econômicas e culturais. Fazem parte de todas as profissões e não conhecem limite de idade. Trata-se de uma verdadeira "globalização" do crime.
As prisões para tantos malfeitores não só são insuficientes, mas se tornaram verdadeiras universidades do crime, onde os criminosos mutuamente trocam suas experiências e aperfeiçoam seus métodos. Todo mundo está preocupado com a situação e busca, em vão, o remédio para combatê-la. Uns propõem ações punitivas mais duras, outros, com melhor aparelhamento e eficiência dos encarregados da segurança. Há os que buscam as causas na situação sócio-econômica e nos problemas de ordem psíquica.
Tudo Isso pode ajudar a minorar os efeitos, mas não combatem a causa. E são muitas vezes uma maneira de absolver a própria sociedade da sua parte de responsabilidade na situação.
Tais criminosos são detestáveis e suas ações hediondas. No entanto, temos que confessar que eles agem dentro de uma lógica - diabólica, sim mas real. Erram, mas erram de acordo com um princípio que a maioria admite, contanto que não lhes traga problemas. Refiro-me à norma de pensar e agir que grande parte admite - consciente ou inconscientemente - e que deu o nome a um quadro de televisão: "Vale tudo por dinheiro".
Adotado esse princípio, tudo é válido, desde que proporcione dinheiro e vale tanto mais, quanto mais dinheiro se conseguir. Nesse sentido se compreende a lógica do assaltante de banco, do seqüestrador, do ladrão, das "máfias" do orçamento, das vendas de carteiras de motorista, das propinas, dos assassinatos por encomenda e de tudo o mais.
As conseqüências vão muito além desses crimes que chocam pela sua barbaridade. Por causa dele, tudo - mas tudo mesmo - se vende por dinheiro. Desde o voto e a consciência na atividade legislativa e judiciária, a privilégios na área do executivo. Diante dele, todos os verdadeiros valores humanos não relativizados: Verdade, consciência, amor. e a própria dignidade pessoal, que não se mede mais pelo que se é, mas pelo que se tem ou pretende ter.
Só há um meio verdadeiramente eficiente de debelar toda essa onda de decadência moral que está na raiz de tanta criminalidade. É a própria sociedade, em todos os níveis - dirigentes e povo - tomar consciência de sua própria responsabilidade e fazer um esforço coletivo, constante e intenso na formação da consciência de crianças e jovens sobre os verdadeiros valores humanos e cristãos que devem orientar a vida particular, familiar, profissional e pública.
Mas isso não se faz apenas com belos conselhos. A atuação dos adultos é decisiva no desenvolvimento dos critérios que nortearão a vida das futuras gerações. É no modo de agir de seus pais, professores e líderes que os jovens de hoje aprenderão a ser os homens e mulheres de amanhã. Se aqueles continuarem a ensinar, pelo seu modo de ser e de agir, que o dinheiro é o supremo valor, não haverá medidas preventivas ou curativas que impeçam o agravamento da situação.
Lamentemos o quadro pintado de sangue que os jornais nos apresentam. Punamos os criminosos. Procuremos reforçar os diques que asseguram o bem estar da sociedade. Mas sejamos lógicos e sinceros: Reconheçamos a nossa parte de responsabilidade. A sociedade deu aos criminosos um princípio. Eles - sem os inocentar - apenas tiraram as conseqüências desse princípio que muitos - consciente ou inconscientemente - lhes ensinamos: "Vale tudo por dinheiro".
Questões:
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala da decadência moral que está na raiz da criminalidade. Localize uma passagem que justifique essa decadência e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?

Segundos Anos - Noturno - atividades de recuperação paralela


E.E.E.M Professora Deuzuíta
Disciplina: Filosofia
Professor: Sérgio Ricardo
a) Leia  o texto todo e procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta.
 c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia  o texto.
 d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.
Há sempre alguma loucura no amor.
Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
Friedrich Nietzsche
OS QUE FAZEM A DIFERENÇA!

Conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Depois de tentar,educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”. Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou.”Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 são verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiança. E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora. Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas,infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.
Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”. O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do “resto”, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença. Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.
Pense nisso! Se você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve, às coisas mais importantes, faça com excelência. Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criança ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial. Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz. Ou você faz tudo da melhor forma possível, ou fará parte do “resto”.
Pense nisso e seja alguém que faz a diferença… Alguém que com sua ação torna a vida das pessoas melhores.
Vamos Filosofar???
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala dos fazem a diferença. Localize uma passagem que justifique essa verdade ou mentira e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?

Filosofar é Pensar e repensar a Realidade, em vista da sua transformação! Vamos repensar o tema a seguir?

7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?


Primeiros Anos - atividade 001 - 2013


E.E.E.M Professora Deuzuíta

Filosofar é Pensar a Realidade, em vista da sua transformação!

 
Disciplina: Filosofia
Professor: Sérgio Ricardo

a) Leia  o texto todo e procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta.
 c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia  o texto.
 d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.

A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA
              Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.
"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
 O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a  águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou."
Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos
que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”  
Vamos Filosofar???
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala da superação que está na raiz da codição humana. Localize uma passagem que justifique essa verdade ou mentira e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?


sábado, 24 de novembro de 2012


ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA DEUZUITA PEREIRA DE QUEIROZ
DISCIPLINA : FILOSOFIA / ESTUDO DIRIGIDO/QUARTO BIMESTRE 2012
PROFESSOR: SÉRGIO RICARDO
ESTUDO DIRIGIDO 1º ANOS NOTURNO
OBSERVAÇÕES INICIAIS:
 a) Leia os textos todos.
 b) Procure entendê-los antes de responder qualquer pergunta.
 c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia o texto.
 d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.
Turno _________________________
Turma_________________________
NOME: ______________________________________________________________


HOMEM: O SER QUE PERGUNTA

Normalmente perguntamos sem refletir sobre o próprio perguntar, sem indagar pelo significado dessa operação da inteligência que se acha na raiz de todo conhecimento e de toda ciência. E ao perguntar pelo perguntar, convertemos essa operação, que nos parece tão banal, tão cotidiana, em tema filosófico, a partir do momento em que passamos a considerá-la do ponto de vista da crítica radical.
             Se compararmos, nesse aspecto, o comportamento humano com o do animal, verificaremos que o animal não pergunta, não indaga, limitando-se a responder. Mas, por que o animal não pergunta? Não pergunta porque não precisa perguntar. E por que não precisa perguntar? Porque, para viver e reproduzir-se, dispõe do instinto que o torna capaz de fazer, embora inconsciente e sonambulicamente, tudo o que é necessário para sobreviver e assegurar a sobrevivência de sua espécie. O animal não pergunta, limita-se a responder aos estímulos e provocações do contexto em que encontra, a responder imediatamente, fugindo do perigo, quando é ameaçado, e atacando a presa quando está com fome.
            Entre o animal e o contexto em que vive não há ruptura, não há solução de continuidade. Porque o animal é natureza dentro da natureza, instinto, espontaneidade vital, inconsciência (... )
            Quando o comportamento  do animal não é ditado pelo instinto, pela necessidade de alimentar-se, ou de reproduzir-se, e de mover-se no espaço, é ditado pelos estímulos exteriores que provocam reflexos ou respostas previamente determinados. O animal não precisa saber o que são as coisas, não precisa perguntar, porque sabe, por instinto, tudo o que precisa saber para sobreviver e assegurar a sobrevivência da espécie, do grupo ou da família a que pertence.
            Essa ciência esta implícita em sua natureza, pois o peixe nasce sabendo nadar, o pássaro sabendo voar, e os gatos e cachorros sabendo andar e correr. A integração no contexto natural é completa, mesmo por parte dos animais que constróem colmeias como as abelhas , edifícios para morar como as formigas, ou teias como as aranhas. Essas construções são obra do instinto , atividade que realiza fins determinados sem Ter  consciência de que os realiza, sem Ter a possibilidade , ou a liberdade de não realizá-los. Pois ser abelha e construir colmeias é a mesma coisa, e a mesma coisa, também, é ser formiga e erguer formigueiros, e ser aranha e fabricar as teias. Toda a conduta, toda a atividade do animal está predeterminada, preestabelecida, em sua natureza, inclusive a possibilidade, que se verifica em relação a certos animais superiores, de serem adestrados para trabalhar nos circos.
Em contraste, o homem pergunta. E, por que pergunta? Porque precisa perguntar. Mas, por que precisa perguntar ? Precisa perguntar porque não sabe e precisa saber, saber o que é o mundo em que se encontra e no qual deve viver. Para poder viver, e viver é conviver, com as coisas e com os outros homens, precisa saber como as coisas e os outros homens se comportam, pois sem esse conhecimento não poderia orientar sua conduta em relação as coisas e aos homens. Para  o ser humano o conhecimento não é facultativo, mas indispensável, uma vez que sua sobrevivência  dele depende. Mas, para que esse conhecimento lhe seja realmente útil e lhe permita transformar a natureza, pondo-a a seu serviço, e lhe permita, também, transformar sua própria natureza, pela educação e pela cultura, para que esse conhecimento possa tornar-se o fundamento de uma técnica realmente eficaz, é indispensável que não seja meramente empírico, mas científico, ou epistemológico, como diziam os gregos.
Ora, que está na origem do conhecimento, tanto filosófico quanto científico? Na origem desse conhecimento está a capacidade, ou melhor, a necessidade de perguntar, de indagar, o que são as coisas e o que é o homem. E qual é o pressuposto, ou a condição, de possibilidade da pergunta? Se pergunto é porque não sei, ou me comporto como se não soubesse. A pergunta supõe, consequentemente, a ignorância em relação ao que se pretende ou precisa saber, pressupondo também, e ao mesmo tempo, a consciência da ignorância e o conhecimento, por assim dizer, em oco, daquilo que se desconhece e precisa conhecer. A mola do processo é a contradição. Não sei o que não sei, e essa consciência da ignorância, a ciência da insciência, é o que me permite perguntar, quer a pergunta se dirija à natureza, quer se enderece aos outros homens.
Na origem, na raiz do perguntar, encontramos, portanto, a ruptura, a cisão, a contradição. Não sei, preciso saber e porque sei que não sei, pergunto, na expectativa de que a resposta possa trazer-me o conhecimento que não tenho e preciso Ter.       

Questões:
1 - Segundo o autor, normalmente fazemos perguntas sem refletir sobre o próprio ato de perguntar, sem questionar o significado dessa operação da inteligência. Qual a conseqüência de rompermos com essa atitude, isto é, perguntarmos pelo perguntar?
2 - Baseando-se no texto, responda: por que o animal, para viver, não precisa perguntar?
3 - Em contraste com o animal, por que o homem precisa perguntar?
4 - Comente e interprete estas palavras do autor: “não sei e sei que não sei, e essa consciência da ignorância (...) é o que me permite perguntar”.
5 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
6 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
7 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
8 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
9 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
10 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?

OS QUE FAZEM A DIFERENÇA!

Conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Depois de tentar,educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”. Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou.”Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 são verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiança. E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora. Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas,infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.
Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”. O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do “resto”, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença. Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.
Pense nisso! Se você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve, às coisas mais importantes, faça com excelência. Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criança ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial. Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz. Ou você faz tudo da melhor forma possível, ou fará parte do “resto”.
Pense nisso e seja alguém que faz a diferença… Alguém que com sua ação torna a vida das pessoas melhores.
Vamos Filosofar???
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala dos fazem a diferença. Localize uma passagem que justifique essa verdade ou mentira e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?
O QUE É O SENSO COMUM?

Na nossa vida quotidiana necessitamos de um conjunto muito vasto de conhecimentos, relacionados com a forma como a realidade em que vivemos funciona: temos que saber como tratar as pessoas com as quais nos relacionamos, temos que saber como nos devemos comportar em cada uma das circunstâncias em que nos situamos no nosso dia-a-dia: a forma como nos comportamos em nossa casa é diferente da forma como nos comportamos numa repartição pública, numa discoteca, num cinema, na escola, etc. Estamos também rodeados de sistemas de transporte, de informação, de aparelhos muito diversos, com os quais temos que saber lidar. De fato, para apanharmos o comboio, por exemplo, temos que saber muitas coisas: o que é um comboio e a sua função, como se entra numa estação, como se compra o bilhete, como devemos esperar o comboio, etc.
Estes conhecimentos, no seu conjunto, formam um tipo de saber a que se chama senso comum.
O senso comum é um saber que nasce da experiência cotidiana, da vida que os homens levam em sociedade. É, assim, um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos; um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as tradições, as regras de conduta, enfim, sobre tudo o que necessitamos para podermos orientar-nos no nosso dia-a-dia: como comer à mesa, acender a luz de uma sala, acender a televisão, como fazer uma chamada telefónica, apanhar o autocarro, o nome das ruas da localidade onde vivemos, etc.,etc...
É, por isso, um saber informal, que se adquire de uma forma natural (espontâneo), através do nosso contacto com os outros, com as situações e com os objectos que nos rodeiam. É um saber muito simples e superficial, que não exige grandes esforços, ao contrário dos saberes formais (tais como as ciências) que requerem um longo processo de aprendizagem escolar.
O senso comum adquire-se quase sem se dar conta, desde a mais tenra infância e, apesar das suas limitações, é um saber fundamental, sem o qual não nos conseguiríamos orientar na nossa vida quotidiana.
Sendo assim, torna-se facilmente compreensível que todos os homens possuam senso comum, mas este varia de sociedade para sociedade e, mesmo dentro duma mesma sociedade, varia de grupo social para grupo social ou, também, por exemplo, de grupo profissional para grupo profissional.
Mas, sendo imprescindível, o senso comum não é suficiente para nos compreendermos a nós próprios e ao mundo em que vivemos, pois se na nossa reflexão sobre a nossa situação no mundo, nos ficarmos pelos dados do senso comum, por assim dizer os dados mais básicos da nossa consciência natural, facilmente caímos na ilusão de que as coisas são exactamente aquilo que parecem, nunca nos chegando a aperceber que existe uma radical diferença entre a aparência e a realidade. Somos, imperceptivelmente, levados a consolidar um conjunto solidário de certezas, das quais, como é óbvio, achamos ser absurdo duvidar ( o texto da ficha 3 (chama-lhes "crenças silenciosas"): temos a certeza de que existimos, de que as coisas que nos rodeiam existem, que aquilo que nos acontece é irrefutável, etc...
Contudo essas certezas são questionáveis, pois se baseiam em aparências. E há muitas aparências que se nos impõem com uma força quase irresistível, por exemplo: aparentemente o Sol move-se no céu (não é verdade que esta foi uma convicção aceite, durante muitos séculos, pela comunidade científica?). Podemos mesmo aprender a medir o tempo a partir desse movimento aparente. Mas, na realidade, esse movimento aparente do Sol é gerado pelo movimento de rotação da terra.
Mas esta distinção entre aparência e realidade, da qual não nos podemos libertar por causa da nossa natureza (ou melhor, da constituição dos nossos órgãos sensoriais e do nosso sistema nervoso), está dependente da diferença que existe entre o conhecimento sensível e o conhecimento racional.
O conhecimento que temos através dos sentidos é forçosamente incompleto e filtrado, pois os nossos órgãos receptores só são estimulados por determinados fenómenos físicos, deixando de lado um campo quase infinito de possíveis estímulos (por exemplo, os nossos olhos não captam quer a radiação infravermelha, quer a radiação ultravioleta, ao passo que há seres vivos que o podem fazer, o mesmo se passando com os ultra-sons). É portanto inquestionável que não conhecemos, sensorialmente, a realidade tal como ela é.
Sendo assim, os sentidos parece que nos enganam, pois os dados que nos fornecem acerca da realidade são insuficientes para alcançarmos um conhecimento verdadeiro, ou objectivo, da mesma.
Por isso a Razão permite-nos alcançar conhecimentos que nunca poderíamos alcançar através dos sentidos.
As principais características do senso comum:               
Carácter empírico – o senso comum é um saber que deriva directamente da experiência quotidiana, não necessitando, por isso de uma elaboração racional dos dados recolhidos através dessa experiência.
Carácter acrítico – não necessitando de uma elaboração racional, o senso comum não procede a uma crítica dos seus elementos, é um conhecimento passivo, em que o indivíduo não se interroga sobre os dados da experiência, nem se preocupa com a possibilidade de existirem erros no seu conhecimento da realidade.
Carater assistemático – o senso comum não é estruturado racionalmente, tanto ao nível da sua aquisição, como ao nível da sua construção, não existe um plano ou um projecto racional que lhe dê coerência.
Carater ametódico – o senso comum não tem método, ou seja, é um saber que não segue nenhum conjunto de regras formais. Os indivíduos adquirem-no sem esforço e sem estudo. O senso comum é um saber que nasce da sedimentação casual da experiência captada ao nível da experiência quotidiana ( por isso se diz que o senso comum é sincrético).
Carater aparente ou ilusório – Como não há a preocupação de procurar erros, o senso comum é um conhecimento que se contenta com as aparências, formando por isso, uma representação ilusória, deturpada e falsa, da realidade.
Carater colectivo – O senso comum é um saber partilhado pelos membros de uma comunidade, permitindo que os indivíduos possam cooperar nas tarefas essenciais à vida social.
Carater subjetivo – O senso comum é subjectivo, porque não é objectivo: cada indivíduo vê o mundo à sua maneira, formando as suas opiniões, sem a preocupação de as testar ou de as fundamentar num exame isento e crítico da realidade.
Carater superficial – O senso comum não aprofunda o seu conhecimento da realidade, fica-se pela superfície, não procurando descobrir as causas dos acontecimentos, ou seja, a sua razão de ser que, por sua vez, permitiria explicá-los racionalmente.
Carater particular – o senso comum não é um saber universal, uma vez que se fica pela aquisição de informações muito incompletas sobre a realidade ( por isso também se diz que ele é fragmentário ), não podendo, assim, fazer generalizações fundamentadas.
Carater prático e utilitário – O senso comum nasce da prática quotidiana e está totalmente orientado para o desempenho das tarefas da vida quotidiana, por isso as informações que o compõem são o mais simples e directas possível.
Texto complementar:
"O senso comum é um saber que está presente em todas as sociedades e em todos os indivíduos (todos são dotados de senso comum). Mas o senso comum é plural, variando de sociedade para sociedade e modificando-se com o decorrer dos tempos.
O senso comum, enquanto princípio de sociabilidade, constitui o acordo mínimo exigível para que qualquer sociedade funcione como tal; ele assegura a coesão indispensável para que se possa falar de comunidade e de vida colectiva.
Ele é princípio de equilibração, essencial a toda a sociedade, entre a dimensão do indivíduo e a dimensão do colectivo ou dito de outra forma, da sujeição do indivíduo às normas da vida colectiva.
O senso comum é também o senso tradicional. Costumamos dizer: "sempre foi assim" para justificar um procedimento que nos criticam.
O senso comum transporta e naturaliza um conjunto de convenções implícitas ou intrínsecas ao agir humano colectivamente dimensionado. Neste sentido, ele é conducente ou solidário de uma aceitação que assinala uma passividade inerente e indispensável face às exigências práticas e pragmáticas da vida. Como se adquire o senso comum? Ele é fruto da aprendizagem e educação que espontânea e/ou institucionalmente recebemos enquanto membros de uma comunidade."
Vamos Filosofar???
1 – Em sua opinião, lendo esse texto, o que corresponde a verdade dos fatos apresentados? Justifique.
2 – O texto fala de senso comum. Localize uma passagem que justifique essa verdade ou mentira e explique-a a luz da sua realidade social.
3 - Você concorda com os argumentos expostos no presente texto? Justifique sua resposta.
4 - O que o texto critica? E qual a principal razão que o texto se vale para fazer essa crítica?
5 – Elabore uma apreciação crítica sobre o texto, refutando ou concordando com o mesmo.
6 – Segundo o autor, dentro do tema enfocado, qual a questão central ?
7 – A luz do texto; Que compromisso precisamos assumir no ambiente em que vivemos ou atuamos para mudar esta realidade?






Filosofar é Pensar e Repensar a Realidade, em vista da sua Transformação!
Vamos Filosofar?




ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA DEUZUITA PEREIRA DE QUEIROZ
DISCIPLINA : FILOSOFIA / ESTUDO DIRIGIDO/QUARTO BIMESTRE 2012
PROFESSOR: SÉRGIO RICARDO
ESTUDO DIRIGIDO 2º ANOS NOTURNO
OBSERVAÇÕES INICIAIS:
 a) Leia os textos todos.
 b) Procure entendê-los antes de responder qualquer pergunta.
 c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia o texto.
 d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto.
Turno _________________________
Turma_________________________
NOME: ______________________________________________________________


TEXTO 01 - Se os tubarões fossem homens
            'Se os tubarões fossem homens', perguntou ao senhor K. a filha da sua senhoria, 'eles seriam mais amáveis com os peixinhos?' 'Certamente', disse ele. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequeno, com todo tipo de alimento. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, então lhe fariam imediatamente um curativo, para que ele não lhes morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos, haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Haveria escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar para as goelas dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grande tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar. O mais importante seria a formação moral dos peixinhos, eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que acreditasse nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos sabem que esse futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam evitar inclinações diferentes que o normal e avisar imediatamente os tubarões, se um dentre eles mostrassem tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, eles iriam proclamar, são notoriamente mudos, mas silenciam em outra língua, e por isso não podem se entender. Cada peixinho que na guerra matassem alguns outros inimigos, ele seria condecorado com uma pequena medalha e receberia o título de herói. Se os tubarões fossem homens, haveria também artes entre eles, haveria quadros belos representando os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos nadando com entusiasmo para as gargantas dos tubarões, e a música seria tão bela que todos os peixinhos, com a orquestra na frente, sonhando, embalados nos pensamentos mais doces, se precipitariam nas gargantas dos tubarões. Também não faltaria uma religião se os tubarões fossem homens, ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa apenas na barriga dos tubarões. Além disso, acabaria a idéia de que os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores poderiam inclusive comer os menores. Isto seria agradável para os tubarões, pois eles teriam, com maior frequência bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores, detentores de cargos, cuidariam da ordem entre peixinhos, tornando-se construtores de gaiolas. Em suma, haveria uma civilização no mar, se os tubarões fossem homens.
BRECHET, Berlolt. História do Sr. Keuner. São Paulo: Brasilense, 1982.

Agora responda:
 1-Quem são os peixinhos e os tubarões nesta alegoria1?
2-Por que os tubarões promovem festas?
3-Qual o significado de os peixinhos serem mudos?
4-Que tipo de religião o autor indica no texto?
5- Existe alguma semelhança entre as escolas dos peixinhos e as nossas? Justifique sua resposta

1Alegoria = 1. Exposição de um pensamento sob forma figurada;2 Ficção que representa uma coisa para dar ideia de outra;3. Obra artística que representa uma ideia abstrata mediante formas que a tornam compreensível.

TEXTO 02 - Cenários da Política no Brasil
Leia o texto do pensador Rubens Alves, escrito no jornal Folha de São Paulo, com atenção:

Os “Ratos” e os “Queijos”
          “ANTIGAMENTE, lá em Minas, a política era coisa séria. Havia dois partidos com nome registrado, programa de governo e tudo mais. Mas não era isso que entusiasmava os eleitores. Eles não sabiam direito o nome do seu partido nem se interessavam pelo programa de governo. O que fazia o sangue ferver era o nome do bicho e correlatos por que seu partido era conhecido.
          Em Lavras, os partidos eram os “Gaviões” e as “Rolinhas”. Em Dores da Boa Esperança, onde nasci, eram os “Ratos” e os “Queijos”. Os nomes diziam tudo. Ratos querem mesmo é comer o queijo. E o queijo quer mesmo é se colocar de isca na ratoeira para pegar o rato.
          (…) Como já disse, os eleitores nada sabiam dos programas de governo nem prestavam atenção nas promessas que eram feitas pelos chefões. Sua relação com seus partidos não era ideológica. Nada tinha a ver com a inteligência. Eles já sabiam que política não se faz com razão. Ganha não é quem tem razão. Ganha quem provoca paixão. O entusiasmo que tomava conta deles era igualzinho ao entusiasmo que toma conta do torcedor no campo. (…) Naqueles tempos o entusiasmo não vinha nem da ideologia nem do caráter dos coronéis. O que fazia o sangue ferver era o símbolo: “Eu sou Rato”, Eu sou Queijo”.
          Corria o boato de que coronel Sigismundo, fazendeiro, chefe dos "Ratos", usava jagunços para matar seus desafetos. Não surtia efeito. Era mentira deslavada dos "Queijos". Corria o boato de que o doutor Alberto, médico rico, chefe dos "Queijos", praticava a agiotagem. Mentira deslavada dos "Ratos". Os chefões, na cabeça dos eleitores, eram semideuses, padrinhos, sempre inocentes. O que dava o entusiasmo era o campeonato. Quem ganharia? Os "Ratos" ou os "Queijos"? Quem ganhasse a eleição seria o campeão, dono do poder, nomeações dos afilhados, até a próxima...
          Mais de oitenta anos se passaram. Os nomes são outros. Mas nada mudou. Política é a mesma paixão pelo futebol decidindo o destino do país. Os torcedores se preparam para a finalíssima entre os “Ratos” e os “Queijos”. É como era na cidadezinha de Dores da Boa Esperança, onde nasci 73 anos atrás....
ALVES, Rubem. Os “Ratos” e os “Queijos”… Folha de São Paulo, 19 de set. 2006 apud TOMAZI, N. Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. Atual Editora São Paulo, 2007
Agora responda:
1- É possível comparar a política do interior de Minas Gerais de tempos atrás com o que acontece no Brasil de hoje? Por quê?
2- O autor afirma que nada mudou nos últimos 80 anos. Será que os partidos, o sistema eleitoral, as disputas e o cenário político permanecem semelhantes? O que mudou e o que não mudou durante esse período? Procure exemplos.
3- O que o autor do texto quer dizer ao comparar política com futebol ?
4- Explique essa citação do texto, levando em conta o que vimos sobre Política. “(...) Ratos querem mesmo é comer o queijo. E o queijo quer mesmo é se colocar de isca na ratoeira para pegar o rato”.

TEXTO 03  –  A indiferença Política
Para filosofar. Ed: Scipione In: Cidadania e Política. 2002

        O desinteresse da maioria dos indivíduos pelos assuntos públicos é um dos grandes problemas políticos nas sociedades modernas. Os indivíduos são levados ao isolamento pelo predomínio de valores individualistas e de interesses estritamente particulares, assim como pela submissão às leis do mercado e do consumo. Nesse contexto, perde-se o sentido do que é comunitário e não se percebe a importância da participação na vida coletiva. O bem público deixa de ser entendido como o bem produzido por todos para toda a sociedade; aparece como um bem que não pertence a ninguém e, por isso, pode ser depredado ou apropriado por qualquer um. Além disso, as formas de delegação do poder e a formação de um comportamento social unificado pela atuação dos meios de comunicação de massa contribuem para que a indiferença política se instale. Além dos que não participam por desconhecer o seu papel no processo político, há os indiferentes conscientes, aqueles que compreendem a situação, mas não toma partido e encaram a vida política com ceticismo.
        Em ambos os casos, a indiferença e a consequênte passividade desempenham um papel desagregador na política. Os indivíduos cuidam de suas atividades pessoais e deixam as decisões políticas nas mãos de pequenos grupos que, movidos por ambições e paixões particulares, traçam os destinos de um povo.
        Da indiferença dos indivíduos pode nascer a politica autoritária, a corrupção e todas as formas de desmandos. A falta de transparência na política, a ausência de controle e de cobrança da sua atuação ocorrem, em grande parte, porque muitos se omitem, tornam-se apáticos, renunciam à possibilidade de criar alternativas de intervir na política.
        Quando os males acontecem, os indiferentes eximem-se da responsabilidade, porque não participaram ativamente na construção dos fatos. Esquecem-se de que a ausência e a omissão também são formas de participação. De qualquer forma, todos estão implicados.

Agora responda:
1 - Em geral, a quem as pessoas atribuem a responsabilidade política na sociedade?
2 - Como se explica que grande parte da sociedade aceite passivamente a existência e a manutenção de privilégios?
3 - O que pode gerar a inconsciência política e a consequênte indiferença dos indivíduos pelas questões políticas?
4 - Explique porque a omissão política é uma forma de participação.
5 -Qual a importância da participação política?

TEXTO O4 - Indiferentes
        Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
        A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
        A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam. (…)
        Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. (…).
        Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.
Comente os trechos de Gramsci:
A) “ Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida”
B) “A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua.”
De que modo a indiferença política pode ser uma das causas de políticas autoritárias e inescrupulosas?

TEXTO 05 - O Analfabeto Político

pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

(Berthold Brecht) www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=493

1) A ideia principal do texto acima é:
A) Mostrar a falta do voto de um analfabeto
B) Mostrar que ser analfabeto político é sinônimo de ignorância e indiferença política
C) Mostrar que analfabetismo em política é sinônimo de não gostar de política
D) Mostrar que ser analfabeto político é sinônimo de pobreza, pilantragem e corrupção
2) O dramaturgo alemão Bertholt Brecht (1898-1956) descreve em poucas palavras o analfabeto político e as consequências de sua postura. Dê exemplos de situações e atitudes que possam caracterizar o “analfabetismo” político.
3) É possível viver em sociedade sem nenhum tipo de participação política? Explique sua resposta 
4) Cite possíveis formas de participação política além do ato de votar ou ser votado.

OBS: Entregar este estudo dirigido no dia da prova do quarto !!! Impreterivelmente!





Filosofar é Pensar e Repensar a Realidade, em vista da sua Transformação!
Vamos Filosofar?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ESTUDO DIRIGIDO PRIMEIROS ANOS

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA DEUZUITA PEREIRA DE QUEIROZ DISCIPLINA : FILOSOFIA / Recuperação junho/ 2012 PROFESSOR: SÉRGIO RICARDO ESTUDO DIRIGIDO 1º ANO TEMA (amor) OBSERVAÇÕES INICIAIS: a) Leia o texto todo. b) Procure entendê-lo antes de responder qualquer pergunta. c) Se alguma frase ou idéia não ficou clara, releia o texto. d) Só então procure responder ou refletir em cima do texto. NOME: ______________________________________________________Turno ________Turma_______ TEMA (AMOR) AMOR Roland Barthes já observava: o amor é um assunto mais obsceno, para nossos contemporâneos, do que o sexo. Mais incômodo. Mais íntimo. Mais difícil de dizer, de mostrar, de pensar. Digamos que a sexualidade tornou-se uma espécie de regra, à qual não há como não se submeter, O amor seria antes uma exceção. A sexualidade faz parte de nossa saúde, O amor seria antes urna doença, em todo caso um distúrbio. A sexualidade é urna força. O amor seria antes uma fraqueza, urna fragilidade, uma ferida. A sexualidade é urna evidência; o amor, um problema ou um mistério. Pode-se duvidar, inclusive, de sua existência ou, no mínimo, de sua verdade: e se fosse apenas um sonho, urna ilusão, uma mentira? Se por toda parte existisse apenas o sexo e o egoísmo? Se todo O lesto não passasse de literatura? Se o amor só existisse, como já o sugeria La Rochefoucauld, na medida cm que falássemos dele? Isso, no entanto, não seria nada, já que dele falamos, com efeito, já que dele falamos sem parar. E já que o egoísmo é um amor ainda — é o amor de si —, cuja existência e força não podemos contestar muito. Se não nos amássemos a nós mesmos, como poderíamos nos preferir, como é claro que fazemos quase sempre, e por que desejaríamos ser amados? E depois há os filhos: se não os amássemos, teríamos medo a esse ponto? E depois há os amigos: mesmo que não os amássemos senão para nós, o que é corri efeito concebível, ainda assim seriam mais preciosos a nossos olhos do que nossos inimigos, que detestamos, ou que aqueles, inumeráveis, que nos são indiferentes. É preciso, pois, que o amor não seja nada, já que introduz pelo menos, em nossas relações, esta diferença: entre aqueles que nos são caros, corno se diz, e aqueles que nada são para nós. E depois há todos aqueles amores que nos estorvam, cuja existência não podemos por isso contestar: o amor ao dinheiro, ao poder, à glória... E depois aqueles que nos regozijam: o amor à boa mesa, ao prazer, à vida... Que valeria o sexo, inclusive, se não o amássemos? Podem dizer que se trata de amores muito diferentes, que não podemos colocar no mesmo plano o amor que temos por um objeto (por urna iguaria ou um vinho, por exemplo) e aquele que sentem por um sujeito, que somente ele seria amor verdadeiramente... Talvez. Mas, enfim, só podemos distinguidos se primeiro os compararmos. E, além disso, a linguagem me dá razão, na maioria das línguas: “O amante, dizia Platão, ama a criança como um prato de que se quer saciar, ou como o lobo ama o cordeiro...” E Nietzsche, para zombar do amor pelo próximo: “Como a águia não gostaria do cordeiro, de carne tão prazerosa?”. Torno o amor em sua extensão máxima, e tenra entender o que ele é. Amo o vinho e a cerveja, Mozart e Vernier, as mulheres e esta mulher... O que há de comum entre esses diferentes amores? Um certo prazer que dele espero ou que nele encontro, urna certa alegria, até mesmo, por vezes, como uma felicidade possível. Amar é poder desfrutar ou regozijar-se de algo ou de alguém. É, portanto também poder sofrer, já que prazer e alegria dependem aqui, por definição, de um objeto exterior, que pode estar presente ou ausente, dar-se ou recusar-se... “Em relação a um objeto que não é amado, escreve Espinosa, nenhuma querela nascerá; não sentiremos tristeza se vier a perecer, nem ciúme se cair em mãos de outro, nem temor, nem ódio, nem perturbação da alma...” Estamos longe disso, e basta dizer que o amor nos prende como a ele nos prendemos. Se nada amássemos, nem nós mesmos, nossa vida seria mais tranqüila do que é. Mas é que também já estaríamos mortos. Não se pode viver sem amor, explica Espinosa, já que é o amor que faz viver: “Em razão da fragilidade de nossa natureza, sem algo de que gozemos, a que estejamos unidos e por que sejamos fortalecidos, não poderíamos existir.” O amor é uma potência — potência de gozar e de regozijar-se — mas limitada. Por isso ele marca também nossa fraqueza, nossa fragilidade, nossa finitude. Poder gozar e poder sofrer caminham juntos, como a alegria e a tristeza, e é o que significa o amor: que estamos fadados à instabilidade, à esperança e ao temor, ao gozo e à falta, enfim ao trágico e à insatisfação. Uma saída? Seria preciso amar apenas a Deus ou a tudo, o que dá no mesmo, e é o que Espinosa chama a sabedoria. Mas quem é capaz disso? O que é o amor? Espinosa dá esta bela definição: “O amor é uma alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior.” Amar é regozijar-se de. Mas, e se a causa faltar? Resta, então, apenas a mágoa ou a falta. É onde se pode pensar a relação entre duas definições do amor, que dominam toda a história da filosofia. Há a de Espinosa, que já era, no essencial, a de Aristóteles: “Amar, dizia este último, é regozijar-se.” E há em seguida a de Platão, que parece dizer bem o contrário, O amor, para Platão, não é primeiramente urna alegria. O amor é falta, frustração, sofrimento: “O que não temos, o que não somos, o que nos falta, eis os objetos cio desejo e cio amor.” São dois amores diferentes, que os gregos designavam por duas palavras diferentes: phllia, para a alegria de amar, e eros, para a falta. A amizade, se quisermos, e a paixão (a falta insaciável do outro). Seria errado entretanto opô-las de modo demasiado estrito, demasiado simples. A maioria de nossas histórias de amor mistura ambos os sentimentos, e no fundo é feliz: já que estamos fadados à falta, pela finitude, e já que apenas a alegria nos conforta ou nos preenche... O sexo, por exemplo, pode ser vivido tanto na falta quanto na alegria, e até, quando tudo vai mais ou menos bem, não cessa de nos acompanhar desta àquela, daquela a esta, é nisso que ele se assemelha a nós ou se assemelha ao amor, é nisso que nos assemelhamos a ele quando amamos... A falta e a alegria, eras e philia, não são menos diferentes um do outro. Eras é primeiro, claro, já que a falta é primeira: vejam o recém-nascido que busca o seio, que chora quando lho retiram... É o amor que toma, o amor que quer possuir e guardar, o amor egoísta, o amor passional; e toda paixão devora. Te amo: te quero. Corno este amor seria feliz? É preciso amar o que não temos, e sofrer com essa falta; ou então ter o que não falta mais (já que o ternos) e que por isso amamos cada vez menos (já que só sabemos amar o que falta). Sofrimento da paixão, tédio dos casais. Ou então é preciso amar de outra maneira: não mais na falta mas na alegria, não mais na paixão mas na ação — não mais em Platão mas em Espinosa. Te amo: sinto-me feliz porque existes. Todo casal feliz, e apesar de tudo existem alguns, é uma refutação do platonismo. Eros é a falta e a paixão amorosa: é o amor que prende ou quer prender. Philia é a potência e a alegria duplicadas pelas do outro: é o amor que se regozija e compartilha. Olhem a mãe e o filho. O filho torna o seio: é eros, o amor que toma, é a própria vida. E a mãe dá o seio: é philia, o amor que dá, graças ao qual tudo continua e muda. Pois a mãe foi primeiro um filho: como todos, começou tomando. Mas aprendeu a dar, pelo menos a seus filhos, e é o que se chama um adulto. No início existe apenas Eros (há apenas o isso, como diz Freud), e talvez disso não escapemos: cada um começa tomando e não pára nunca. Mas, enfim, trata-se de aprender a dar, ao menos um pouco, ao menos as vezes, ao menos àqueles que amamos, àqueles que nos fazem bem ou nos regozijam... Ë ainda egoísmo? Pode ser, e por que não? Como poderíamos amar o que quer que seja se não amássemos a nós mesmos? Não se sai cio princípio de prazer: trata—se sempre de gozar o máximo possível, de sofrer o menos possível ... Não é a mesma coisa, no entanto, gozar apenas do que se toma, ou então saber gozar, às vezes, do que se dá ou se compartilha... Dar sem tomar? Regozijar-se sem querer possuir nem guardar? Seria philia liberada de eras, seria o amor liberado do eu, a alegria liberada da falta, e foi o que os primeiros cristãos — quando foi preciso traduzir para o grego a mensagem do Cristo — chamaram agapè, que pode ser traduzido indiferentemente por amor ou caridade. l o amor liberado do eu, e por isso sem fronteira, sem margem, sem limite... Que dele sejamos capazes, duvido muito. Mas, enfim, isso indica pelo menos uma direção, que é a do amor: o amor não é o contrário do egoísmo; é seu efeito, sua foz — como um rio se lança no mar —, enfim seu remédio ou, como diria Espinosa, sua salvação. Vais passar toda tua vida a buscar um seio, ou a querer guardá-lo, ou a dele sentir saudades, quando há um mundo inteiro a ser amado? Nunca se ama demais. Ama-se mal e mesquinhamente. TEXTO 02: A NECESSIDADE DO AMOR Ao tomar conhecimento de si mesmo como ser capaz de consciência e liberdade, o homem percebeu sua diferença em relação ao restante dos seres vivos. Passou a sentir a solidão que acompanha a individualidade. Ser um, tomar decisões e responder pela vida são fatos que provocam um sentimento doloroso de abandono e desamparo, só superado na relação com o outro. Veja como Erich Fromm descreve esse estado: “O homem é dotado de razão; é a vida consciente de si mesma; tem consciência de si, de seus semelhantes, de seu passado e das possibilidades de seu futuro. Essa consciência de si mesmo como entidade separada, a consciência de seu próprio o curto período do vida, do fato de haver nascido sem ser por vontade própria e de ter de morrer contra sua vontade, de ter de morrer antes daqueles que ama, ou estes antes dele, a consciência de sua solidão e separação, de sua Impotência ante as forças da natureza e da sociedade, tudo isso faz de sua existência apartada e desunida uma prisão insuportável. Ele ficaria louco se não pudesse libertar-se de tal prisão e alcançar os homens, unir-se do uma forma ou de outra com eles, com o mundo exterior.” Dessa necessidade de união nasce o amor. O amor é, pois, o meio procurado e desenvolvido pelo homem para vencer o isolamento e escapar da loucura. Sem ele, o homem torna-se árido, incapaz de encantar-se com a vida e de envolver-se com os outros. Não se sensibiliza com o abandono dos velhos, a morte das crianças , a miséria do povo, a poluição e a destruição do planeta, o roubo da cidadania, a morte dos ideais. Sem amor não há encontro, não há diferença; resta a escuridão do individualismo, do ser incapaz de relação O QUE É O AMOR Muitas pessoas confundem o amor com a paixão. Quando apaixonada, julgam estar amando. O amor , porém, é uma vivência mais ampla, é um modo de ser, de viver, que se conquista gradualmente,é uma vivência mais ampla, é um modo de ser, de viver , que se conquista gradualmente,à medida que se desenvolve a sensibilidade para com as outras pessoas. È capacidade de descentrar-se, sair de si e ir ao encontro do outro, em uma atitude de zelo e respeito. Ser amoroso é uma característica da personalidade e pressupõe toda uma vivência desde o seio materno. Amar é preservar a identidade e a diferença do outro, sem perder a sua. É estar comprometido com a realização do outro, sem perder a sua. É estar comprometido com a realização do outro, é querer seu bem. O amor é uma força de aproximação, união, envolvimento e responsabilidade. Ela dinamiza a vida que existe nas pessoas. Derruba fronteiras, estabelece contatos,partilha. A capacidade de amar pode expandir-se e atingir um envolvimento e um compromisso com todos os seres vivos e até mesmo com seres inanimados. Os movimentos ecológicos atestam gestos de amor de pessoas que lutam pela preservação da fauna, da flora,das águas e do ar. No amor há percepção da inter-ralação universal,da fraternidade humana e cósmica. FORMAS DE AMOR O amor é uma vivência que se manifesta de várias maneiras: amor materno, amor paterno, amor pela pátria, amor a si mesmo, amor erótico, amor a Deus, amizade, amor pela natureza, etc. Aqui nos limitaremos a fazer considerações sobre o amor erótico e a amizade. AMOR ERÓTICO Quando se fala em amor, pensa-se logo no amor erótico, porque essa forma de amar envolve o desejo, a busca e desenvolvimento a dois. Do ponto de vista biológico, o amor erótico consiste na relação sexual e na procriação. A energia biológica manisfesta-se psicologicamente em erotismo e exprime-se como busca de unidade, totalidade e comunicação. E o que é erotismo?É a transformação da energia sexual, biológica, em energia psíquica, ampliando consideravelmente a sexualidade. O homem é ao mesmo tempo corpo e psiquismo. As solicitações do corpo expressam-se também de maneira psíquica, produzindo um progressivo desdobramento da sexualidade, que passa a manifestar em vivência que aparentemente nada têm a ver com ela, como na arte, na ciência, no trabalho, na política e no envolvimento prazeroso com as pessoas e como mundo. O amor erótico é muito forte,porque pressupõe o retorno do sentimento vivido: é um dar e receber que se manifesta no prazer da convivência com o outro tanto no plano físico quando no psicológico. Essa forma de amor quer exclusividade,porque os amantes pretendem ser únicos um para o outro, e quer reciprocidade,pois buscam alimentar um no outro o amor que sentem. A AMIZADE. A amizade é a forma mais abrangente do amor. É um apelo e uma resposta existencial. Este apelo vai do meu eu ao outro a mim, numa dialética de cumplicidade que compreende sem palavras o que vai no coração de cada um. Os amigos partilham a vida com suas angústia e alegrias, que assinalam a condição humana. A empatia é a forma de comunicação que mais caracteriza a amizade. Colocar-se no lugar do outro minimiza os conflitos, os impulsos agressivos, apara aresta, pois na amizade a compreensão é maior que as exigências, as cobranças e as críticas. O amor em forma de amizade deveria impregnar todas as relações e estender-se à humanidade como um todo porque os amigos se aceitam em suas limitações. Esse amor possibilita a solidariedade e a compaixão, buscando o desenvolvimento integral do homem, sua libertação, sua autonomia. É próprio desse amor não haver denominador nem dominado. Sua principal característica é o compromisso como o outro e , por solidarizar-se com o outro, essa forma de amor possui uma conotação política: não permite a segregação e a discriminação por raça, cor , sexo credo, nacionalidade. É movida pelo desejo da justiça, igualdade de oportunidades e efetivação da dignidade humana: ama a todos sem exclusividade. A fraternidade constituiu-se historicamente em um ideal revolucionário ao visar à justiça e à liberdade. É temida por aqueles que fazem da exploração e da alienação os meios de manutenção de seus privilégios. Por isso, a amizade não representa um valor na sociedade neoliberal. Por sua vez, o amor erótico é empobrecido ao se limitado somente ao ato e aos órgãos sexuais. São raras as pessoas que percebem a existência dessa dominação subliminar. Percebe-la implica o desenvolvimento do espírito, a educação para a cidadania. O MACROCOSMO DO AMOR – A SOCIEDADE. A sociedade neoliberal permite que a indústria da diversão e a propaganda explorem o amor erótico. O sexo, por seu potencial de sedução, tornou-se um produto de mercado. È um instrumento como qual se tenta manipular o desejo sexual a objetos neutros, procurando erotizá-los. Por exemplo: a imagem de um mulher atraente à de uma automóvel. Ao faze-lo, mostra o produto como necessário. Por esse método, as pessoas são induzidas a perder o contato com suas necessidades reais: desejam aquilo que interessa ao mercado vender. Assim, a mídia empenha-se em exercer um poder sobre o próprio ato de desejar, contribuindo para o surgimento do homem hedonista, consumido e acrítico. A sociedade neoliberal investe no amor erótico,porque nele encontra excelente meio de atingir seu objetivo: vender. A amizade e negligenciada e até mesmo desprezada nesse tipo sociedade. Os ideais comunitários desse amor chocam-se com o individualismo consumista, despreocupado das questões sociais. O PROBLEMA DO RÓTULO O rótulo é outra dificuldade na convivência humana e afeta as relações homem-mulher. Os produtos industriais e comerciais são conhecidos por seus respectivos rótulos. Ora, “rotular uma pessoa”é vê-la sempre sob um único aspecto: Maria é bonita(não se percebem nela outras qualidades?); José é dominador ( não terá qualidades que se compensem esse defeito?; Luisa é superficial ( por que o é)... O rótulo é uma forma de opressão que torna previsível e monótona a relação a dois, impedindo, com isso, a espontaneidade e as possibilidade de crescimento pessoal. O processo de rotular ocorrer de forma inconsciente, e a pessoa rotulada tende, também de modo inconsciente, a incorporar o rótulo, inibindo, assim, suas potencialidades. Superar esse processo constitui o princípio do autoconhecimento, que devolve à pessoa a liberdade de ser ela mesma.. O MICROCOSMO DO AMOR A RELAÇÃO HOMEM-MULHER O AMOR É SUPLEMENTAR Em tudo o que se observa na natureza, pecebe-se forças de atração e repulsão. No átomo, por exemplo, a força de atração o mantém em permanente movimento em direção a outro átomo, na busca eterna de novas combinações moleculares. Nas plantas,, a força atrativa explode nas cores e perfumes das flores, preparando-se para a geração dos frutos e sementes. Entre os animais, essa força se expressa em rituais, danças e disputas que culminam no acasalamento. No animal, a função sexual é instintiva; no homem ela se transforma em erotismo. Um exemplo notável dessa transformação encontra-se no filme A guerra do fogo. Em determinado momento, o hominídeo, que tomava sua fêmea em um ritual ainda animal, é surpreendido por ela: ao girar sobre si mesma, coloca-se numa nova posição, face com seu parceiro, fitando-o nos olhos. No filme, esse gesto simboliza o primeiro passo para a humanização da relação homem-mulher. Representa a abandono da genialidade, do puro instinto, e a conquista da sexualidade erótica., do puro instinto, e a conquista da sexualidade. A mulher, com esse gesto, posiciona-se como iguala ao homem, são parceiro, companheiros que se que se enriquecem no convívio mútuo; igualdade humana e diferença de sexo. A beleza da relação homem-mulher está no encontro de seres autônomos e independentes. Muitos homens e mulheres, em função de sua imaturidade, criam relação de dependência e necessidade que fragilizam a união. Um procura no outro e que lhe falta ou o que gostaria de ser, em lugar de desenvolver ao máximo suas próprias potencialidades. Homens e mulheres ficam exigentes uns com os outros querem dos companheiros novos papéis e modos de ser, aos quais ainda não estão adaptados culturalmente. Por exemplo: a mulher espera que o homem seja ao mesmo tempo provedor, amigo, amante, que seja sensível, termo como ela e com os filhos, bem-sucedido e agressivo na luta pela vida, pela vida, o homem, por sua vez, espera que a mulher divida com ele as responsabilidades econômicas da família, ao mesmo tempo que sonha com uma parceria disponível, submissa, amante fogosa e esposa recatada. A ascensão da mulher com ser autônomo confundiu o homem , provocando insegurança na identidade masculina: estaca acostumado ao poder e à hegemonia, e de repente è solicitado a dividi-los com a mulher. Esta, por sua vez, acostumada à submissão, agora é obrigada a competir na sua luta por sua sobrevivência. Texto 03 O mito de Eros As lendas gregas, por serem transmitidas oralmente, sofreram inúmeros modificações , de que resultou variação muito grande de interpretações e sentidos. Às vezes,uma figura mítica aparece em várias versões, sempre ricas mítica aparece em várias versões, sempre ricas de significados. Na Teoogonia de Hesíodo, as entidades que saem do seio de caos – vazio da desorganização incial-surgem por segregação, por separação. Quando nasce Eros, o amor, essa força de natureza espiritual preside a partir daí a coesão, a ordem do Universo nascente. Mais tarde, no ciclo dos mitos olipianos Eros ( Cupido, para os romanos) é filho de Afrodite e Ares, representado por uma criança transversa que flecha os corações para torna-los apaixonados. Quando ele próprio se apaixonados. Quando ele próprio se apaixonados. Quando ele próprio se apaixona por Psique ( Alma), Afrotide, invejosa da beleza de Psique, afasta-a do filho e a submete às mais difíceis provas e sofrimento, dando-lhe como companheiras a Inquietude e a tristeza, até que Zeus, atendendo aos apelos de Eros, liberta-a para que o casal se uma novamente. Entre os filósofos gregos persiste essa imagem mística do amor. Os pré-socráticos Parmênides e Empédocles se referem ao princípio do amor e do ódio que persiste à combinação dos elementos entre si formarem os diversos corpos físicos. No diálogo de Platão O banquete, os convivas discursam sobre o Amor.Um dos oradores , Aristófanes, o melhor comediógrafo da época , relata omito segundo o qual, no inicio os seres erma duplo e esféricos , e os sexos eram três ,: um constituído por duas metades masculinas, outro por duas metades femininas e outra era andrógino, metade masculina e femininas. Como ousassem desafiar os deuses, Zeus cortou-os em dois para enfraquece-las. Cada um tornou-se então um ser fendido, e o amor recíproco se origina da tentativa de restauração da unidade primitiva. Como os seres inicias não eram apenas bissexuais , é valorizado o amor entre seres do mesmo sexo, sobretudo o masculino, como forma possível desse encontro. O mito significa também o anseio humano por uma totalidade do ser, representando o processo de aperfeiçoamento do próprio eu. Sócrates, o últimos dos oradores do referido diálogo, começa dizendo que Eros representa um anelo de qualquer coisa que não se tem e se deseja ter, Usa-se para ilustrar sua afirmação: Eros nasceu de Poros (expediente ou engenho) e de Pénia ( Pobreza) e aos pais deve a inquietude de procurar sair da situação de penúria e por meio de expediente, alcançar o eu deseja: é a oscilação eterna entre o possuir e o não- possuir. Segundo Sócrates, O amor é o desejo , em primeiro lugar de alguma coisa; em segundo, só de coisas que estejam faltando. O amor é capaz de desabrochar e de viver , morrer e ressuscitar no mesmo dia. Come e bebe, dá e se derrama, sem nunca estar rico ou pobre. A partir dessa discussão, pela boca de Sócrates, Platão explica a relação entre Eros e a filosofia. Assim como os deuses não filosofam nem aprendem, por já possuírem a sabedoria, os tolos e os ignorantes não aspiram adquirir conhecimento, porque, embora nada saibam, julgam saber. O filósofo ocupam o lugar intermediário entre a sabedoria e a ignorância. Dessa forma, Platão não reduz a busca apenas à procura da outra metade do nosso ser que nos completa. Para ele, Eros é ânsia de ajudar o eu autêntico e a se realizar,na medida em que a vontade humana tende para o Bem e para o belo, quando subordina a beleza espiritual e desliga-se da paixão por determinado indivíduo u atividade, ocupando-se com a pura contemplação da beleza. È importante observar que essa concepção deve ser compreendida de acordo com a relação corpo-alma,segundo a qual subordina Eros a Logos, ou seja subjuga as paixões à razão. AMOR E PERDA O risco do amor é a separação, Mergulhar na relação amorosa supõe a possibilidade da perda. Segundo o psicanalista austríaco Igor Caruso, a separação é a vivência da morte numa situação vital: a morte do outro em minha consciência e a vivência de minha morte na consciência do outro. Por exemplo, quando deixamos de amar ou não mais somos amados , ou , ainda se a circunstancias nos obrigam à separação, mesmo quando o amor recíproco permanece. Se a perda é sentida de forma intensa, a pessoa precisa de um tempo para se reestruturar, porque, mesmo quando conseguiu manter a individualidade, o tecido do seu ser passa inevitavelmente pelo ser do outro. Há um período de “luto” a ser superado após a separação, quando então , é buscado novo equilíbrio. Uma característica dos indivíduos maduros é saber integrar a possibilidade da morte no cotidiano da sua vida. Como se vê , ao falarmos em morte, não nos referimos apenas ao sentido literal da palavra, mais às diversas”mortes” ou perdas que permeiam nossas vidas. Mesmo nas relações duradouras, as pessoas mudam, e a modificação do tipo de relação significa consequentemente a perda da forma antiga de expressão do amor. Nas sociedades massificadas, porém, em que o eu não é suficiente forte, as pessoas preferem não viver a experiências amorosas para não ter de viver com a morte. Talvez por isso as relações tendam a se tornar superficiais, e é nesse sentido que o pensador francês Edgar Morin afirma: Nas sociedades burocratizadas e aburguesadas, é adulto quem se conforma em viver menos para não ter que morrer tanto. Porém, o segredo da juventude é este: vida quer dizer arriscar-se à morte e fúria de viver quer dizer viver a dificuldade”. 1º PARTE: (5 pontos) Julgue os itens abaixo e justifique as erradas. A)( ) Para Roland Barthes, o amor é antes de tudo uma exceção nas emoções humanas B)( ) Para Espinosa o amor é alegria C)( ) Para alguns autores , o amor tem um caráter pessimista D)( ) Paixão pode ser considerada a irmã do amor E)( ) O amor só é compreendido de forma racional F)( ) O amor é naturalmente construído. G)( ) A representação mitológica do amor é a Deusa Afrodite H)( ) Para amar outro ser, não é necessário amar a si próprio. I)( ) Para Espinosa o Amor é algo sofrível. J)( ) O amor está relacionado ao sentimento de posse. K)( ) Para amar outro ser, não é necessário amar a si próprio. L)( ) Não existe diferença entre o amor e a paixão. M)( ) Só existe uma forma de se amar corretamente. Platonicamente. N)( ) A amizade não pode ser considerada uma forma de amor. O)( ) Solidariedade,compaixão são as formas mais pura de se amar. P)( ) A amizade é uma forma pura de amar. PARTE 02:(5 pontos) SUBJETIVA OBS: EM MÉDIA 6 LINHAS POR QUESTÃO. A partir da leitura do texto base responda as questões a seguir: 1) Porque a razão atrapalha o discernimento sobre o amor? 2) O amor, vai além do se significado básico, ele é salvador para o homem, com ele o homem escapa do isolamento social. Dentro do contexto do texto comente a afirmação acima. 3) Diferencie o macrocosmo e microcosmo do amor. 4) O amor platônico é válido? 5) Como a ascensão da mulher na vida moderna desequilibrou a pseuda relação de equilíbrio ela os homens sobre o amor? 6) Como os gregos explicam o amor? 7) Como Platão explica a relação de Eros o amor? 8) Leia a definição de Espinosa e teça um comentário.” O amor é uma alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior.” 9) Leia o texto de Érich Fromm e faça um comentário. 10) Após ler todos dos textos da apostila, elabore um pequeno texto,dando sua opinião sobre o que é amor. ENTREGAR EM FOLHA ANEXA OBS: Entregar este estudo dirigido até o dia, 27/06/2012 impreterivelmente 14:00hs!