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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Texto para os primeiros anos - terceiro bimestre

RESPONSABILIDADE SOCIAL DO HOMEM

Se observarmos o dia-a-dia de uma pessoa, percebemos o quanto temos necessidade dos outros. Só para termos o pão na mesa, precisamos do padeiro, do moeiro, do agricultor, do transportador etc. Isso mostra que o homem algum é uma ilha, que pode dispensar a colaboração dos outros.
Uma sociedade é um conjunto de pessoas ligadas de maneira orgânica por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. A sociedade perdura no tempo; recolhe o passado e prepara o futuro.
Cada sociedade se define por seu fim e obedece a regras específicas, mas a pessoa humana é e deve ser o princípio, sujeito e fim de todas as instituições sociais.
O grande desafio de todos os homens é viver em sociedade e conviver com os outros, num mundo em que muitas vezes não se respeita a hierarquia de valores e onde é uma constante a inversão dos meios e dos fins. É esta a situação que produz estruturas injustas e que torna tão difícil a convivência humana.
Para se obter um mundo em que os homens respeitem os outros e todos os seus direitos, com a prática da justiça social e fraterna assumida, só há um caminho, amar o próximo.
Toda comunidade humana tem necessidade de uma autoridade que a dirija. Ela é necessária para obter a unidade. Seu papel consiste em assegurar o bem da sociedade.
Entretanto, a autoridade só é exercida legitimamente se procurar o bem comum do grupo em questão e se, para atingi-lo, empregar meios moralmente lícitos. Por isso, é importante que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência que o mantenham no seu justo limite. Este é o princípio do estado de direito no qual a soberana a lei, e não a vontade arbitrária dos homens.
Por bem comum é preciso entender o conjunto daquelas condições da vida social que permitam aos grupos e a cada um de seus membros atingirem, de maneira mais completa, a própria perfeição. O bem comum interessa à vida de todos. Comporta três elementos essenciais:
* O RESPEITO PELA PESSOA: a sociedade é obrigada a permitir que cada um de seus membros realize sua vocação humana, isto é, o direito de agir segundo a norma da reta consciência, o direito à proteção da vida particular e à justa liberdade, também em matéria religiosa.
* O BEM-ESTAR SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO DO GRUPO: há sempre uma grande variedade de interesses particulares. Cabe então à autoridade servir de árbitro, em nome do bem comum, para tornar acessível a cada um aquilo que precisa para levar uma vida humana digna, isto é alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura, informação conveniente, direito de fundar um lar etc.
* A SERURANÇA QUE PERMITA VIVER EM PAZ: também aqui cabe à autoridade assegurar meios honestos que assegurem a segurança da sociedade e de seus membros. É sempre dever do Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos organismos intermediários.
Por participação se entende o envolvimento voluntário e generoso da pessoa nas relações sociais. Na organização da sociedade é necessário que todos participem. Além disso, a participação ativa na promoção do bem comum é um dever inerente à dignidade da pessoa humana.
A participação de todos na realização do bem comum implica uma conversão sempre renovada dos parceiros sociais. A fraude e outros subterfúgios pelos quais alguns escapam das malhas da lei e às prescrições do dever social devem ser firmemente condenadas.
É aqui que entra a justiça social, que vem ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade. Ela vem assentada sobre três importantes pilares:
* O RESPEITO À PESSOA HUMANA: a pessoa representa o fim último da sociedade, que por sua vez lhe está ordenada. Portanto é essencial que se respeitem os direitos da pessoa humana que são anteriores à sociedade.
* IGUALDADE E DIFERENÇA ENTRE OS HOMENS: os homens são criaturas dotadas de racionalidade e por isso concluímos que todos os homens tem a mesma natureza e a mesma origem.
A igualdade entre os homens diz respeito à sua dignidade pessoal e aos direitos que daí decorrem. Entretanto, os talentos não são distribuídos de maneira igual. Já que os homens precisam uns dos outros para viver, há diferenças ligadas à idade, as capacidades físicas e intelectuais, aos intercâmbios de que cada um pode se beneficiar e à distribuição de riqueza.
Essas diferenças existem, porém, devem estar a serviço de toda comunidade humana.
* SOLIDARIEDADE HUMANA: o princípio da solidariedade é uma exigência direta da fraternidade humana. Ela se manifesta na distribuição dos bens e na remuneração do trabalho. Supõe também o esforço em favor de uma ordem social mais justa. Por isso, podemos dizer: É DA SOLIDARIEDADE QUE DEPENDE A PAZ MUNDIAL. A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais...
Zeno Hastenteufel,
Adaptação: SRAS

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